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Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia abriu o ano lectivo do nosso Mestrado em Engenharia do Ambiente.

27-09-2013

“O vosso curso tem a grande vantagem de colocar o ambiente num contexto global e europeu, em complemento do nacional. Se há políticas que não devem ser só de âmbito nacional é o ambiente e a energia”. Eng. Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, ordenamento do Território e Energia, FCT/UNL, dia 24 Setembro 2013.

O Ministro sublinhou o papel central do ambiente no crescimento verde e na transição que o país tem de fazer para um novo patamar de desenvolvimento, mais gerador de empregos e de riqueza e, ao mesmo tempo, com mais qualidade do sistema natural.

Na sua aula inaugural sublinhou 6 grandes desafios e apontou pistas para intervenção. É interessante notar que o nosso Mestrado (Ambiente é na NOVA) é forte em todos estes aspectos, conferindo capacidades e competências ao futuro engenheiro do ambiente para neles intervir de forma competente. Os seis desafios mais prementes foram assim sistematizados:

 

  1. Infra-estruturas básicas na área do saneamento. Conclusão do abastecimento de água, águas residuais e resíduos sólidos. Gestão eficiente destas infra-estruturas e dos serviços prestados. Tecnologias verdes de nova geração.
  2. Ecossistemas e Biodiversidade. Proteger e valorizar os ecossistemas e ao mesmo tempo melhorar a qualidade de vida das populações. Desafios nas áreas protegidas. Mecanismos que reconheçam o valor dos serviços dos sistemas naturais. Elevada biodiversidade em Portugal tem de ser reconhecida e os serviços valorizados. Campo para grande investigação.
  3. Ordenamento do Território e Cidades Sustentáveis. Rever o sistema de planos, a sua articulação vertical e geográfica. Aproximar os cidadãos das decisões colectivas e territoriais. A nova política de cidades em Portugal. A enorme importância da regeneração urbana, da qualificação das cidades e da mobilidade sustentável.
  4. Alterações Climáticas. Dimensões globais e locais. Políticas e estratégias. Percursos europeus e mundiais. Consequências da não intervenção. Hoje 65% do território português está em risco de desertificação; há 10 anos eram 30%. Os incêndios florestais, etc.
  5. Energia. O impacte ambiental e económico. 10 mil milhões de euros/ano de importação de combustíveis fósseis. A enorme factura e a extrema dependência de Portugal. As energias renováveis e os recursos endógenos. A necessidade de considerar todos os custos e benefícios da base energética, nomeadamente o seu impacte no desenvolvimento regional, capacitação tecnológica e sistema natural.
  6. Economia Verde. Portugal é um país rico em biodiversidade e em recursos naturais. O grande desafio de proteger esta riqueza para as gerações actuais e futuras e ao mesmo tempo conseguir gerar empregos e qualidade de vida num novo paradigma de crescimento e desenvolvimento.  

 

No final da Aula Inaugural o Ministro disponibilizou-se para responder a perguntas. Vários foram os estudantes que colocaram questões. Uma delegação de docentes da Universidade Federal do Paraná (Brasil), em visita de cooperação ao DCEA/FCT, também aproveitou para interagir e levantar aspectos relacionados com energia.

 

Foi uma Aula de Abertura muito mobilizadora de energias criativas e de grande inspiração para o ano lectivo.

Muito obrigado.

João Farinha

Presidente do DCEA